segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Preces ao coração da gente

Dia destes resolvi fazer uma pausa em tudo, tudo mesmo. Posicionei-me ao chão, como quem vai fazer uma prece, e então perguntei: “Ei, coração! Você está aí?” Ele silenciou e começou a transferir imagens de boas lembranças a minha mente. Percebi a necessidade que temos de dar razão à voz do coração e conversei com ele como se fossemos amigos íntimos, e não é que descobri que somos mesmo? Sabe aquele amigo de infância que sempre te estendeu a mão, e nunca te deixou cair? Pois é, e o bom é que ele pode ser bem mais que isso. Porém, é preciso escutá-lo atenciosamente para então entender, que não existe essa coisa de ir pela razão ou pelo coração, porque os dois atuam em conjunto. Sempre unidos, como corpo e alma.
            É engraçada, a maneira como confundimos as coisas: paixão, amor, amizade... A todo o momento tudo se transforma, aqui e ali, fora e dentro da gente, do coração da gente. A amizade transforma-se em paixão, e da paixão cresce um grande amor. Ou a amizade vira logo de uma vez um amor guardado por anos. Ou o melhor disso tudo, quando a gente menos espera... O amor vem forma de uma pessoa com qualidades inesgotáveis, prontinha e feita para você em todos mínimos detalhes. Aí você entende o valor de fazer preces ao coração, rezar e pedir a ele coisas que se pedem ao divino, a um ser supremo. É em minha opinião o nosso Deus interior é o coração que pulsa lenta e rapidamente, dependendo da situação e do que se sente.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Escrever É...

Nada me deixa mais confortável que as palavras. Calmas e delicadamente elaboradas em textos quase incompreensíveis para os leitores e até para mim. É... Apesar de ser fácil entender seus significados no dicionário, quando unidas elas tornam-se um tanto complexas – quando engolidas doces ou amargas – mas complicadíssimas. Tenho apenas uma vaga sensação de estar sendo bem interpretada.
            Tem gente que vomita palavras, verbalmente. E tem os que preferem o decorrer de várias páginas literárias, e em forma de suaves poemas soletram suas verdades. Claro que, como eu, muitos escritores já penetraram em nossas mentes uma porção de falsidades, de sentimentos inexistentes. É tão injusto isso, mas infelizmente não tem como admitir tudo, mesmo quando mergulhados nesse mundo de pura nostalgia. As palavras são tão mais traidoras do que quem as escreve – elas traem - o tempo todo.
            Estamos continuamente, tentando descobrir dentro de nós, algumas pequenas falhas, uma luz assim como aquela no fim do túnel, um pedacinho – por mínimo que seja – de uma delicada beleza inexistente na superfície da qual nos encontramos. A gente se esconde por tanto tempo, e torna aparecer. Mas, quase sempre se volta ao mesmo lugar, e é tão desesperador, viajar tanto tempo dentro de nossas almas e não descobrir nada além de uma complexidade incrivelmente absurda. Por isso, faz-se isso sem cessar jamais e sem pressa. Porque aonde há pressa, há imperfeição.
            As palavras deveriam exprimir não somente o que queremos verdadeiramente dizer, mas o que sentimos profundamente em nossos corações tão frágeis, e, que em ininterruptas horas continuam sentindo e sentido, e querendo dizer mil coisas. Mas por medo, ou por seja lá o que for... Continuam entediados nesse marasmo da vida.

Aquilo que sou, não é aquilo que você vê...

Minha foto
Siderópolis, Santa Catarina, Brazil
Mergulho então nas profundezas da minha alma e tudo parece estar no seu devido lugar: os sentimentos confusos, as gargalhadas que se escondem e estão loucas pra sair, o amor que nunca para de crescer, o amadurecimento contínuo e a esperança de que um dia eu possa desfrutar de tudo isso sem ter medo da minha própria loucura... Acreditar que somos aquilo que pensamos ser ou aquilo que as pessoas dizem, não é o certo. Ninguém sabe quem realmente é, até mesmo quando nossas mãos acompanham nossos pensamentos, não se sabe explicar. Sou aquilo que inventei, aquilo que deixo-me ser, sem medo... Apenas, sou!