terça-feira, 13 de setembro de 2011

Escrever É...

Nada me deixa mais confortável que as palavras. Calmas e delicadamente elaboradas em textos quase incompreensíveis para os leitores e até para mim. É... Apesar de ser fácil entender seus significados no dicionário, quando unidas elas tornam-se um tanto complexas – quando engolidas doces ou amargas – mas complicadíssimas. Tenho apenas uma vaga sensação de estar sendo bem interpretada.
            Tem gente que vomita palavras, verbalmente. E tem os que preferem o decorrer de várias páginas literárias, e em forma de suaves poemas soletram suas verdades. Claro que, como eu, muitos escritores já penetraram em nossas mentes uma porção de falsidades, de sentimentos inexistentes. É tão injusto isso, mas infelizmente não tem como admitir tudo, mesmo quando mergulhados nesse mundo de pura nostalgia. As palavras são tão mais traidoras do que quem as escreve – elas traem - o tempo todo.
            Estamos continuamente, tentando descobrir dentro de nós, algumas pequenas falhas, uma luz assim como aquela no fim do túnel, um pedacinho – por mínimo que seja – de uma delicada beleza inexistente na superfície da qual nos encontramos. A gente se esconde por tanto tempo, e torna aparecer. Mas, quase sempre se volta ao mesmo lugar, e é tão desesperador, viajar tanto tempo dentro de nossas almas e não descobrir nada além de uma complexidade incrivelmente absurda. Por isso, faz-se isso sem cessar jamais e sem pressa. Porque aonde há pressa, há imperfeição.
            As palavras deveriam exprimir não somente o que queremos verdadeiramente dizer, mas o que sentimos profundamente em nossos corações tão frágeis, e, que em ininterruptas horas continuam sentindo e sentido, e querendo dizer mil coisas. Mas por medo, ou por seja lá o que for... Continuam entediados nesse marasmo da vida.

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Aquilo que sou, não é aquilo que você vê...

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Siderópolis, Santa Catarina, Brazil
Mergulho então nas profundezas da minha alma e tudo parece estar no seu devido lugar: os sentimentos confusos, as gargalhadas que se escondem e estão loucas pra sair, o amor que nunca para de crescer, o amadurecimento contínuo e a esperança de que um dia eu possa desfrutar de tudo isso sem ter medo da minha própria loucura... Acreditar que somos aquilo que pensamos ser ou aquilo que as pessoas dizem, não é o certo. Ninguém sabe quem realmente é, até mesmo quando nossas mãos acompanham nossos pensamentos, não se sabe explicar. Sou aquilo que inventei, aquilo que deixo-me ser, sem medo... Apenas, sou!