Dia destes resolvi fazer uma pausa em tudo, tudo mesmo. Posicionei-me ao chão, como quem vai fazer uma prece, e então perguntei: “Ei, coração! Você está aí?” Ele silenciou e começou a transferir imagens de boas lembranças a minha mente. Percebi a necessidade que temos de dar razão à voz do coração e conversei com ele como se fossemos amigos íntimos, e não é que descobri que somos mesmo? Sabe aquele amigo de infância que sempre te estendeu a mão, e nunca te deixou cair? Pois é, e o bom é que ele pode ser bem mais que isso. Porém, é preciso escutá-lo atenciosamente para então entender, que não existe essa coisa de ir pela razão ou pelo coração, porque os dois atuam em conjunto. Sempre unidos, como corpo e alma.
É engraçada, a maneira como confundimos as coisas: paixão, amor, amizade... A todo o momento tudo se transforma, aqui e ali, fora e dentro da gente, do coração da gente. A amizade transforma-se em paixão, e da paixão cresce um grande amor. Ou a amizade vira logo de uma vez um amor guardado por anos. Ou o melhor disso tudo, quando a gente menos espera... O amor vem forma de uma pessoa com qualidades inesgotáveis, prontinha e feita para você em todos mínimos detalhes. Aí você entende o valor de fazer preces ao coração, rezar e pedir a ele coisas que se pedem ao divino, a um ser supremo. É em minha opinião o nosso Deus interior é o coração que pulsa lenta e rapidamente, dependendo da situação e do que se sente.